Rio registrou o maior crescimento entre as capitais, de 15,5%; setor de supermercados teve o melhor desempenho, com alta de 25,9%
O faturamento do varejo brasileiro cresceu 13,1% durante o Carnaval de 2025, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado. O levantamento comparou o desempenho do setor no período de 28 de fevereiro a 5 de março de 2025 com os dias 9 a 14 de fevereiro de 2024, data da comemoração no ano passado.
De acordo com a empresa de serviços financeiros, o crescimento foi impulsionado pelo pagamento de salários e vales-alimentação no início do mês, além do impacto positivo do feriado prolongado no setor supermercadista.
Leia o desempenho por setor:
- supermercados e hipermercados: +25,9%;
- turismo e transporte: +3,5%;
- alimentação – bares e restaurantes: +3,0%;
- recreação e lazer: -0,6%.
“Efeitos de calendário favoreceram o comércio durante o Carnaval deste ano. Como o feriado caiu no início do mês, houve um impulso nas vendas devido ao pagamento de salários e vales-alimentação. Situação diferente ocorreu em 2024, quando a data foi celebrada na segunda semana de fevereiro”, afirma Carlos Alves, vice-presidente de Tecnologia e Negócios da Cielo.
RIO LIDERA ALTA ENTRE CAPITAIS
Entre as cidades onde o Carnaval tem grande impacto econômico, o Rio de Janeiro registrou o maior crescimento no faturamento, com alta de 15,5%. Na sequência aparecem:
- São Paulo: +12,0%;
- Florianópolis: +11,6%;
- Recife: +7,8%;
- Salvador: +5,6%;
- Belo Horizonte: +4,2%.
No segmento de supermercados, Recife teve o maior crescimento (+29,3%), seguido pelo Rio de Janeiro (+29,1%) e Salvador (+24,3%). Já no setor de Turismo e Transporte, o Rio de Janeiro registrou a maior alta (+18,6%), enquanto São Paulo teve a menor (+2,9%).
O setor de bares e restaurantes teve crescimento mais expressivo em São Paulo (+4,6%) e Florianópolis (+4,4%). Belo Horizonte foi a única capital a apresentar queda no faturamento (-6,4%).
METODOLOGIA
O Índice Cielo do Varejo Ampliado acompanha mensalmente os números do varejo no Brasil, considerando as vendas realizadas em 18 setores, abrangendo desde pequenos lojistas até grandes varejistas. O peso de cada setor no resultado geral do indicador é definido pelo seu desempenho no mês.
O índice foi desenvolvido para oferecer um panorama do desempenho do comércio varejista no Brasil com base em dados reais. O cálculo utiliza modelos matemáticos e estatísticos para filtrar fatores como a variação da participação de mercado das empresas de credenciamento e a substituição de meios de pagamento, como cheque e dinheiro, por cartões.
A Cielo afirma que o índice não deve ser interpretado como uma prévia de seus próprios resultados financeiros, que são influenciados por outros fatores, como receitas, custos e despesas.