Uma megaoperação policial deixou cinco feridos após intensos tiroteios no Complexo da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira (3).
A Operação Torniquete visa cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). Diversas delegacias participam da ação, inclusive a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), a tropa de elite da Polícia Civil.
Os policiais trocaram tiros com criminosos, os quais incendiaram barricadas para impedir a entrada das equipes nas comunidades. Até o momento, cinco pessoas foram baleadas e uma mulher grávida foi ferida por estilhaços.
Ao todo, 10 pessoas foram presas na operação e 15 veículos foram recuperados. A polícia também apreendeu drogas, carga roubada, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico.
Diversos vídeos mostram uma grande quantidade de agentes nas ruas com veículos blindados e um helicóptero que sobrevoa a região. Ainda há uma intensa troca de tiros e a fumaça pela queima de barricadas nas ruas da comunidade.
Veja abaixo vídeos da operação na comunidade.
Entenda a investigação
As investigações revelaram que traficantes da facção criminosa são responsáveis por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar o Comando Vermelho, o que possibilita a compra de armamento, munição e o pagamento de uma “mesada” aos parentes de presos faccionados, assim como das lideranças da organização.
A polícia também listou os principais alvos da operação, citados como líderes da facção criminosa:
- Edgar Alves Andrade, conhecido como “Doca da Penha“
- Carlos Costa Neves, conhecido como “Gadernal“
- Juan Breno Malta Ramos Rodrigues
As ordens para as disputas territoriais, que buscam expandir o controle do grupo criminoso na região, partem do Complexo da Penha, onde a ação é realizada nesta manhã.
A operação ainda visa apoiar a Polícia Civil do Pará e do Ceará, que apontam forte migração de lideranças criminosas dos estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria está escondida na comunidade alvo.
A Torniquete foi deflagrada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB), Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) e da Subsecretaria de Inteligência (SSINTE).