A Polícia Militar apreendeu cerca de nove toneladas de maconha no Complexo da Penha, na zona Norte do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (3).
A apreensão ocorreu durante a megaoperação no Complexo que buscava prender líderes do Comando Vermelho. Segundo a Polícia Civil do RJ, 900 policiais participaram da Operação Torniquete.
A droga foi localizada por agentes do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da PM em um bunker perto de um local conhecido como “Vacaria”. Ao todo, os agentes apreenderam 4.429 tabletes de maconha.
Um vídeo mostra as milhares de unidades sequestradas empilhadas, após serem sequestradas pela PM. Veja abaixo.
Operação Torniquete
Uma nova fase da Operação Torniquete foi deflagrada na manhã desta terça-feira (3) no Complexo da Penha. 900 agentes das polícias Civil e Militar e do Ministério Público do Rio de Janeiro participaram da ação.
A operação mirava a liderança do Comando Vermelho na região, que se tornou uma base operacional da facção criminosa para ordens de roubos de veículos e cargas na capital fluminense.
Ao todo, foram cumpridos 114 mandados de busca e apreensão contra investigados por integrar o tráfico de drogas na comunidade. 13 pessoas foram presas e 15 veículos foram recuperados.
A polícia também apreendeu drogas, carga roubada, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Os agentes ainda estouraram um “call center” do crime, dois locais de refino de droga e uma loja de um receptador ligado à liderança do tráfico de drogas na região.
Seis pessoas ficaram feridas, entre elas uma mulher grávida que sofreu danos por estilhaços. Durante a operação, policiais e criminosos trocaram tiros e traficantes colocaram fogo em barricadas para impedir o acesso das equipes ao Complexo. Veja vídeos aqui.
Entenda a investigação
As investigações revelaram que traficantes da facção criminosa são responsáveis por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar o Comando Vermelho, o que possibilita a compra de armamento, munição e o pagamento de uma “mesada” aos parentes de presos faccionados, assim como das lideranças da organização.
A polícia também listou os principais alvos da operação, citados como líderes da facção criminosa:
- Edgar Alves Andrade, conhecido como “Doca da Penha“
- Carlos Costa Neves, conhecido como “Gadernal“
- Juan Breno Malta Ramos Rodrigues
As ordens para as disputas territoriais, que buscam expandir o controle do grupo criminoso na região, partem do Complexo da Penha, onde a ação foi realizada nesta terça.
A operação ainda buscou apoiar a Polícia Civil do Pará e do Ceará, que apontam forte migração de lideranças criminosas dos estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria está escondida na comunidade alvo.