A partida entre Beitar Jerusalém e Maccabi Haifa foi adiada por conta da escalada do conflito no Oriente Médio. O jogo aconteceria nesta terça-feira (1), pelo Campeonato Israelense, em Jerusalém.
“À luz das novas diretrizes do Comando Interior, o jogo desta noite contra o Beitar Jerusalém foi adiado. Siga as orientações e que tenhamos um bom e tranquilo ano novo”, diz o comunicado do Maccabi Haifa. Após os ataques contra Tel Aviv, o governo local determinou proibiu eventos com multidões.
Nesta quarta-feira (2), não havia previsão de jogos por conta da comemoração do ano novo judeu. A próxima rodada da competição ainda está mantida entre os dias 5 e 6 de outubro.
De outro lado do conflito, a Federação Iraniana de Futebol manteve as competições locais e internacionais, a exemplo dos times cujos jogos da Champions Asiática seguem agendados.
Esta não é a primeira paralisação do esporte israelense. Em outubro de 2023, após o ataque do Hamas contra Israel, todas as competições esportivas foram paralisadas.
Entenda o conflito no Oriente Médio
O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.
A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma “operação terrestre limitada” no Líbano.
Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.
A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.
O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.
Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.
Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.
No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento nas hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.