Seja Bem Vindo - 26/12/2024 12:32

Aumento da taxa de juros afetaria negativamente o consumo e o investimento, diz economista

A possibilidade de uma alta na taxa de juros pelo Banco Central do Brasil tem gerado preocupações sobre seus impactos na economia nacional. Andrea Damico, CEO da Buysidebrazil Consultoria Econômica, em entrevista à CNN Brasil, detalhou os potenciais riscos econômicos associados a essa medida.

Segundo Damico, uma taxa de juros mais elevada traz consequências diretas para a atividade econômica do país. “A gente pode ter um enfraquecimento do consumo, principalmente daqueles bens que são bens duráveis, que são relacionados ao crédito”, explicou a especialista. Ela ressaltou que o encarecimento do crédito afeta não apenas o consumo, mas também os investimentos.

Impactos no mercado de trabalho e investimentos

A ligação entre a alta dos juros e a geração de empregos também foi abordada pela economista. Damico destacou que os investimentos “sofreram muito ao longo dos últimos anos com a elevação de taxa de juros”, indicando uma possível desaceleração econômica e consequente impacto no mercado de trabalho.

A CEO descreveu a elevação da taxa de juros como um “remédio amargo” utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.

Cenários possíveis e decisão do Banco Central

Damico apresentou dois cenários possíveis: a manutenção dos juros em patamares elevados, considerando que os juros reais atuais já estão num nível restritivo, ou a possibilidade de uma nova elevação. A decisão, segundo ela, dependerá da análise de diversos dados econômicos e de mercado, tanto internos quanto externos.

A especialista ressaltou a importância dos próximos indicadores econômicos e das decisões de política monetária internacional, como a sinalização de queda de juros pelo Federal Reserve nos Estados Unidos, na tomada de decisão do Banco Central brasileiro.

Damico disse não acreditar que haja uma alta de juros nesse momento. No entanto, ela reconheceu um aumento no risco deque isso ocorra, estimando-o em cerca de 30%, embora ainda considere a manutenção das taxas como o cenário mais provável.

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